Esta semana foi muito curta, está a aproximar-se o nascimento do júnior e por isso parte do treino na Amadora ficou a cargo do Gonçalo.
Aprender ou compreender, esta é uma questão que ao longo da nossa vida marcial se coloca.
Será que devemos aprender algo de novo sem antes compreender o que adquirimos anteriormente?
O que adianta saber a Kata Sepai se não sei os princípios básicos da Kata Saifa?
No Kyusho, se calhar o que a maioria de nós faz é carregar em nervos e tendões sem se perceber os danos internos que estará a causar.
Em tempos não muito distantes, um rapaz falava em círculos de destruição e que gostaria de saber aplicá-los.
A minha questão é esta: se ele mal sabia as técnicas de base de reanimação, para que é que ele queria saber ciclos de destruição?
Voltando ao Karate…
Será que o que fazemos é o real e profundo?
A verdade é que o Karate se tem tornado um negócio (não vejo mal nenhum).
No entanto o que nos vendem não será um produto adulterado? Sem conteúdo?
O que me adianta ver e muitas vezes perseguir um Shiko Dachi a rondar o perfeito se ninguém me consegue dar uma explicação para que serve aquela posição?
Esta semana vinha uma postagem no eKarate, em relação à Kata (aconselho vivamente fazerem um click por lá).
Como é possível hoje em dia deixar-se abandalhar o estudo do Kata?
Para a maioria dos ocidentais Kata significa um conjunto de técnicas que simula um combate com um ou diversos adversários.
Será?
Há um mês atrás falava eu com um instrutor de Goju-Ryu e claro que a conversa foi ter à eterna conversa Kata/Bunkai, para grande surpresa minha, ele fez uma afirmação algo chocante,
Mais ou menos isto:
“As pessoas no passado aprendiam artes marciais para se defenderem, por isso não acredito que perdessem tempo a fazer Kata…”
Ninguém tem um sonho e de repente imagina um combate imaginário.
O Kata é o resultado de uma série de experiências, que mais tarde se aglomeraram e tornaram no resultado visual a que hoje chamamos de Kata.
Temos que perceber o conceito de Artes marciais vivas e artes marciais mortas.
Será que à custa do pseudo Karate tradicional, estamos a deixar morrer o tal de Karate tradicional?
Nos anos 60/70 um grande mestre disse:
“…não posso continuar a fazer uma ginástica marcial…”
Não que me considere um grande mestre, nem um grande karateka, nem é minha intenção criar o meu caminho. No entanto acho que devo continuar aprofundar os meus razoáveis conhecimentos de base…
Claro que no fundo, durante o nosso percurso de vida, tomamos decisões correctas e incorrectas. O mais importante é assumirmos essas mesmas decisões, porque erros, todos nós cometemos e são eles que nos fazem crescer.
Se estou errado?
NÃO.
Todas as acções que cometi foram realizadas de consciência tranquila.
Se posso voltar atrás?
NÃO.
“pois pedi desculpas” e “não me as aceitaram” (desculpem o meu mau feitio) “e até chorei para voltar” (outra vez o mau feitio).
Esta semana decidi adicionar mais um link na minha vizinhança marcial, (http\\kyushopt.blogspot.com).
O blog é do, “one and only” RICARDO GAMA. Aproveitem para saber o que pensa aquela cabeça perturbada.
Para os que estiverem interessados, visitem o Blog Fotográfico do maior, único, superior, óptimo e excelente, EU.
Passem por lá para ver umas “SuperFotos” e se quiserem podem deixar comentários.
Em nota final, estou quase de partida para a convenção internacional de Kyusho, como diz o meu “querido amigo” Ricardo Gama, vou estar com os Magos.
Isto se a minha senhora deixar.
“Qualquer saída é uma entrada para outro lado.”
Tom Stoppard
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1 comentário:
Principalmente para dar os parabéns ao Júnior e à sua mãezinha e desejar as maiores felicidades a todos.
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